Na história do cristianismo, você já notou que desde Atos 6 vemos momentos em que o povo de Deus se dedicava ora à assistência aos pobres, ora ao ensino das Escrituras? O próprio Jesus viveu essa realidade muito claramente. Ele tanto ensinou, quando curou, expulsou demônios e deu alimento aos famintos.
No decorrer do tempo, a herança católico romana, segue escrevendo a história desses dois metodos de expressão do Reino de Deus: ensinar a Escritura e vivè-la na prática amando o próximo, como a parábola do semeador sugere. Como? Por meio das ordens monásticas, que faziam seu trabalho em paralelo com o ministério didático das paróquias.
No mundo protestante, essas duas naturezas da Igreja de Cristo parece se perder no tempo. Mas, com o ministério de Willian Carey no século XVIII, vemos o ressurgimento desse modelo na tradução da Bíblia, assistencia aos pobres, abertura de escola, etc.
Seria justo dizer, portanto, que a agência “só existe” porque a Igreja seria supostamente desobediente? Claro que não. A agência é o braço da misericórdia de Deus por meio de seu povo, chamado fazer discípulos de todas as nações.
Concluindo, a agência missionária é esse método de Deus, natural e históricamente presente na vida da Igreja de Cristo onde uma parte do Seu povo se dedica a causas específicas, “fora do templo, o ambiente de ensino das Escrituras”. As agências são formadas por cristãos comuns, nascidos de novo e não um organismo à parte da Igreja (ou paraeclesiastico, como dizem alguns), mas uma expressão legítima do povo chamado para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz (1 Pe 2:9).