Missionários de Mentira

Acordo cedo e me preparo para encarar o ônibus lotado de São Paulo-SP para ir ao escritório. Meu trabalho é organizar a recepção de uma base missionária. Telefonemas, e-mails, redes sociais, campainha na porta e reuniões programadas (ou não) são recebidas por mim. A base existe para buscar soluções concretas para questões práticas, vocacionais das pessoas: chamado missionário, quebrantamento, vocação, envio, logística etc.

Eu preciso também, além do trato com pessoas, preparar o café, arrumar a mesa da reunião, preparar o kit de divulgação para o preletor da Kairós que vai às igrejas e abastecer o escritório no supermercado. Sou eu também que ligo para o responsável pela manutenção do computador, que precisa parar tudo para ir comprar mais tinta para a impressoras e pego fila para reclamar da empresa de telefonia no Procon.

O obreiro lá no Nepal precisa oração, porque fará uma cirurgia de emergência: eu mobilizo a rede de intercessão e acompanho a situação para informar a todos. Eu encontro psicólogo para atender online a obreira em depressão e síndrome do pânico no Camboja. Nem percebi, mas já são 17:30. Era para eu estar no ônibus voltando para casa, mas hoje mal tive tempo de almoçar e as finanças estão apertadas como a própria agenda. Melhor comer um sanduiche caseiro, que trouxe na bolsa e apressar o passo, antes que congestionamento me segure por horas.

Quase no portão, toca o telefone. Volto e atendo uma irmã quer os dados de um missionário para contribuir financeiramente. Mas, ela ressalta enfaticamente: “tem de ser missionário de verdade, que esteja no campo tá irmã”. Respondo com um “sim” constrangido, me sentindo uma missionária de mentira.

(Baseado em fatos mais reais do que você imagina)

Daniela Xavier
Coordenação de Comunicação e Mobilização de Igrejas
Missão Kairós

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Das lágrimas ao Semear à Alegria na Colheita

Eis uma das tarefas difíceis de se fazer: semear com lágrimas. (“os que com lágrimas
semeiam…”). Pela história de Israel, sabe-se os motivos que levaram esse povo ao cativeiro, e a
desobediência foi um deles. Porém, houve os que permaneceram fiéis, mesmo no cativeiro, e
puderam semear naquele país, com dificuldade e sofrimento.

Em missões, muitas vezes, devemos semear com sacrifício e até com lágrimas, como diz o
texto. Esse é o princípio para quem decidiu semear nas nações ainda não-alcançadas e, nesse
sentido, cremos que a semente do Evangelho traz seus frutos no tempo do Senhor, seja nesta
ou na próxima geração.

Por outro lado, as lágrimas nos levam a pensar a vida de entrega e de sofrimento em amor
a Cristo. Isso não se refere apenas aos países de perseguição, mas também, a países onde há
liberdade para pregar o Evangelho, pois, temos de morrer a cada dia para que Cristo viva em
nós.

Infelizmente, muitos obreiros hoje choram em virtude do egoísmo não crucificado durante o
tempo em que semeavam em campo. Esqueceram de crucificar o ego, e assim, não viram a
beleza do Evangelho na vida dos muitos que escutaram. (Lc. 14:25-27).

Finalmente, quando lemos ”com júbilo ceifarão…”, podemos lembrar que a hora de colher os
frutos realmente é uma hora de alegria, pois, podemos ver pessoas que vieram a Cristo a partir
da semeadura em lágrimas e sacrifício dos obreiros Seus.

Obstáculos podem desanimar a semadura em campo, mas, quando deixamos de semear,
poderemos não ver os frutos. Por isso, aos que perseverarem, seguramente, poderão cantar
com júbilo, no grande dia, celebrando os frutos da semeadura das nações de
não-alcançados.

Então, se hoje você está tomando a decisão de desistir de semear nas nações devido às
lutas e provas pelas quais você está passando, a palavra de Deus é clara: continua andando
e chorando nessa semeadura, porque, com toda certeza, daremos juntos, um dia, brados de
júbilo pelos não-alcançados (Ap. 5:9).

Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. (Salmos 126:6-7)

Pr. Fábio Rocha
Missão Kairós – Diretor de Campo

Motivados, jamais paralisados!

Neste mês começaremos mais um treinamento: 30 candidatos disseram “Eis-me aqui.”
Decidiram ir. Serão novos soldados na linha de frente, mas, para eles irem tem que haver
uma retaguarda. Os que vão enviá-los também têm que dizer “Eis-me aqui.” É necessário que
pastores e igrejas dêem cobertura espiritual, amarrando o valente.

Deus nos deu o exemplo de como ganhar uma guerra no livro de Êxodo, capítulo 17. Na
guerra do povo de Israel contra Amaleque, Josué e os melhores homens foram para a linha
de frente, porém a vitória não dependia deles ou de suas armas, mas das mãos de Moisés
estarem erguidas. Isso simboliza o sustento por intermédio da oração.

Se depender da sua oração por missões, quem está ganhando esta guerra? Outro suporte
necessário é o financeiro, nem todos os 30 candidatos têm o sustento completo e muitos
missionários têm voltado prematuramente do campo por falta de recursos.

Por isso, a Missão Kairós está aberta a parcerias. Se você ou sua igreja quiser contribuir com
algum missionário ou projeto, nos procure. Atendemos conferências, cultos de missões e
damos suporte a qualquer igreja que queira se envolver com missões.

Ore pela liderança, pelos professores, pelos candidatos, cozinheiros e voluntários (você
pode ser um deles) que atuarão neste treinamento, bem como por um carro, nem que seja
emprestado. Os desafios nos motivam, jamais nos paralisam!

Lembre-se: Todos somos chamados para estender o Reino de Deus. Deus o abençoe.
Faça missões!

Pr. João Araújo
Presidente da Missão KAIRÓS

Lancemos as Redes

Sei bem o que é passar a noite inteira pescando e não pegar nada. Na Bíblia, vemos que
Pedro e os discípulos também passaram por essa experiência e, ao voltarem do mar depois
de passar a noite pescando, estavam cansados e sem peixe, mas, Jesus os aguardava à praia,
ordenou-lhes que voltassem ao mar e lançassem a rede novamente.

Diante disso, Pedro retruca, dizendo: “- Nós passamos a noite toda pescando, sem resultado
algum”. Mas, Jesus não aceitou as retrucadas de Pedro. Às vezes, de modo semelhante, agimos
tal como Pedro e não obedecemos ao Senhor. Existem outros exemplos bíblicos com ações
semelhantes àquela de Pedro. Moisés e Gideão, no Antigo Testamento também se esconderam
em desculpas. Pessoalmente, também já agi da mesma maneira, dando desculpas para o
Senhor. Foram tantas que, hoje, fico imaginando quantas desculpas ainda serão dadas ao
Salvador, porque não obedecemos ao Ide que deixado por Ele.

Quando obedecemos, o mar se abre, a multidão é alimentada com 5 pães e 2 peixinhos: o
Evangelho é pregado às multidões.

Já faz 32 anos que a Missão Kairós vem obedecendo o ide, lançando redes pelo mundo afora,
principalmente nas áreas onde estão os grandes cardumes ainda não-alcançados. Seguimos
nesse ritmo, motivados pelo seguinte trecho da carta de Paulo aos Romanos: “(…) além de
vós, onde Cristo não foi anunciado“. Somente no mar Africano, onde servi por 20 anos, foram
batizados 3.000 africanos! A Kairós, em parceria com as Igrejas Brasileiras, tem levado o
Evangelho a várias nações (Rm. 15:20).

No entanto, infelizmente, lamentamos que muitas igrejas, por falta de visão missionária, ou
pararam, ou nunca sequer enviaram missionários para o mar alto, preferindo pescar à beira
da praia, ou pior ainda, pescar em aquário, enquanto que, lá fora, bilhões seguem morrendo
afogados nas águas poluídas pelo pecado. Confesso que, ao final de 2019 agora, estamos
cansados, com as redes furadas pelas “tesouras da desculpa”. Mas, creio que, na praia de 2020,
Jesus já está nos esperando e nos mandando de voltar ao mar…

Pela obra de Sua Graça por nós, já temos 30 pescadores para serem capacitados para a pesca
em mar aberto. Na medida em que se preparam para zarpar, percebemos igrejas obedecendo
ao ide. Glórias a Deus! E diante disso, o desafio continua e, por isso, ainda perguntamos: “-
podemos contar com você para continuarmos lançando a rede?”. Ore pela KAIRÓS, contribua
financeiramente com nossos projetos e seja um instrumento do Senhor nessa obra, pois, em
2019, ainda enfrentamos momentos bem difíceis, com muitos missionários sem sustento
completo, poucos voluntários servindo na base e projetos precisando de recursos, pelo mundo
afora. Quem sabe, você também pode vir se preparar para enfrentar o alto mar no nosso
centro de treinamento – CTK! Nossa nova turma começará dia 29 de fevereiro de 2020.
Com base no exemplo deixado por Jesus, podemos finalmente refletir, dizendo: “-Grande é
o mar! Portanto, rogai ao Senhor dos oceanos, para que mande pescadores para lançar as
redes”. Que assim seja em 2020!

Podemos contar com sua parceria para lançarmos as redes? Faça Missões!!!

Pescador João Araújo
Presidente da Missão KAIRÓS